“FORÇAR” PARA ESCUTAR PIORA A AUDIÇÃO?

“Forçar” para escutar danifica a audição?

 

A audição é considerada como um dos cinco sentidos do corpo humano. Ela representa a nossa capacidade de ouvir e processar os sons captados pela nossa orelha.

Muitos perguntam se forçar a nossa audição poderia danificá-la, mas isso depende do que consideramos “forçar a audição”.

 

Dessa forma, se considerarmos que estamos de certa maneira “forçando nossa audição” ao estar em ambientes com sons intensos, podemos dizer que sim. É sabido que estar exposto por muitas horas a sons altos por uma constância ou na presença de um som intenso que ocorra de forma súbita pode danificar a audição.

Assim como, algumas atividades profissionais como aquelas que utilizam o telefone como forma de trabalho e, também aquelas em que o indivíduo trabalha na produção de um determinado objeto e os maquinários apresentam um nível elevado de som quando ligados são profissões de risco e necessitam de uma avaliação da audição periódica para avaliar os possíveis danos auditivos.

 

Mas tem pessoas que perguntam: se eu usar apenas um aparelho auditivo, mesmo tendo indicação para o 2 ouvidos, isso vai “forçar” o ouvido sem o aparelho? Nesse caso, vai acontecer dois fenômenos: o paciente vai estar aumentando o volume do aparelho que está usando para compensar o ouvido que não está protetizado, podendo sim danificar a audição do ouvido que está com o aparelho – já que está num volume acima do necessário para essa orelha; já o outro ouvido, que está sem aparelho apesar da indicação para uso, o paciente pode vir a ter uma piora da audição por falta de uma adequada estimulação do sistema auditivo.

 

Se forçar for entendido como desgaste natural, a resposta é não. Sabemos também que existe uma possibilidade de se danificar a audição pelo desgaste natural e degenerativo provocado pelo processo geral de envelhecimento do organismo que inclui o sistema auditivo. Dessa forma, é comum uma diminuição da audição de forma progressiva percebida na terceira idade.

 

Sendo assim, verificamos que devemos estar atentos a algumas situações, pois evitá-las ou acompanhar com um profissional (no caso de profissões de risco) poderiam nos ajudar a evitar um dano auditivo, que constituído, apresenta consequências para nossa qualidade de vida.

 

Referência: Fonoaudióloga Dra. Kátia Carvalho, CRFa SP 2-8986