Qual exame realizar para identificar ou descartar a perda auditiva?

O sistema auditivo do ser humano é extremamente complexo. Membranas, líquidos internos e pequenas estruturas ósseas devem estar em perfeita harmonia para que os estímulos cheguem ao cérebro e os sons possam ser compreendidos da forma correta. Qualquer alteração nessa frágil organização pode gerar um desequilíbrio, que é detectado pela avaliação auditiva.

Dentre os exames realizados para identificar a presença de perda auditiva e seu tipo e grau, o mais utilizado é a Audiometria, que pode ser realizada de duas formas:

– Audiometria tonal: é um exame realizado numa cabine acústica, onde o paciente recebe os estímulos sonoros através de um fone de ouvido, e sinalizará o fonoaudiólogo – profissional habilitado a realizar a audiometria – a cada som que ouvir, por mais baixo que seja;

– Audiometria vocal: o fonoaudiólogo fala no audiômetro de maneira ampliada/ amplificada algumas palavras e fonemas, e o paciente deve repeti-las da forma que entender. Dessa maneira, o exame indica a compreensão da linguagem e a discriminação, para calcular a porcentagem de acertos e erros.

A audiometria é um exame simples e indolor. Como ele exige participação do paciente, recomenda-se uma boa noite de sono e sinceridade na anamnese, informando ao fonoaudiólogo se há perda auditiva na família, os medicamentos tomados e se sente zumbidos em ambientes silenciosos.

Para fazer o exame, é preciso, no mínimo, 14 horas de repouso auditivo. Isso significa que não é permitido usar fones de ouvido ou expor-se a ruídos fortes e constantes nesse período – como sons de máquinas ou boates.